terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Tal como nos anos anteriores, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém foram os monumentos mais visitados em Portugal em 2017. Só o mosteiro recebeu mais de um milhão de visitantes
Os Museus, Monumentos e Palácios tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) receberam, em 2017, mais de cinco milhões de visitantes, o que representa um crescimento de oito por cento em relação ao ano anterior e um crescimento de 60% quando olhamos para os últimos cinco anos. Esta é a primeira vez que se ultrapassam as cinco milhões de visitas.

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pela DGPC, tal como em 2016, no ano passado, o monumento mais visitado foi o Mosteiro dos Jerónimos, em Belém. Em 2017, este recebeu mais de um milhão de visitantes, num aumento de 7,9% face ao ano anterior. Em segundo lugar no número de visitantes ficou, sem grandes surpresas, a Torre de Belém, que no ano passado recebeu quase 576 mil pessoas


Portugal é “o novo destino para investir”. Quem o diz é a Forbes

População jovem e qualificada, apoio ao empreendedorismo, cultura e qualidade de vida e, claro, bom tempo. A revista Forbes aconselha os investidores a olhar para o pequeno retângulo do oeste europeu.

“Portugal, o novo destino para investir”. O título que abre o artigo da edição francesa da revista Forbes é, em si mesmo, uma ode ao investimento no país. A seguir, o colunista Hugues Franc explica porque devem os investidores prestar atenção a um país que ainda ontem estava a lutar pela sobrevivência financeira e que é agora a melhor aposta para as suas fichas.

A população é “jovem e qualificada”. E, sublinha o colunista, 33% desse grupo está no desemprego, criando-se assim um “reservatório de talentos” que está “impacientemente à espera” de uma oportunidade. O setor imobiliário é financeiramente “suportável” — um cantinho para morar no centro de Lisboa não chega a dois terços do equivalente parisiense, destaca Franc. Além disso, lembra, a lista de celebridades que têm procurado a capital portuguesa para viver tem crescido de ano para ano. Madonna é só um dos nomes.

E há mais. A localização — com voos para Lisboa em várias low cost, “é impossível não encontrar um bilhete para Portugal”, um ponto de ligação ideal entre a Europa, África e a América. O apoio ao empreendedorismo — com “incubadoras, programas de aceleração e apoio institucional” e as “inúmeras conferências e encontros”. E a qualidade de vida — num país com “uma herança cultural muito rica, um tempo fantástico, paisagens belas e uma forma de viver”.


Observador

Venezuela: Interesse pelo ensino do português continua a aumentar

O interesse pela aprendizagem da língua portuguesa na Venezuela continua a aumentar, apesar dos problemas políticos que o país atravessa, disse  o coordenador do ensino do português naquele país, Rainer Sousa.

"É unânime, os coordenadores dos centros dizem que o interesse pela língua portuguesa é crescente", afirmou aos jornalistas o responsável, que participa hoje, em Lisboa, no segundo encontro de professores do ensino português no estrangeiro, dedicado ao tema "Aprender e ensinar português em contexto multilingue".

Rainer Sousa referiu que "apesar de a situação ser complicada, a nível político, ainda há muito interesse no ensino de português", revelando que essa procura também se tem acentuado fora de Caracas.
O coordenador reconheceu que têm havido dificuldades na obtenção dos manuais, mas o Camões -- Instituto da Língua e da Cooperação tem apoiado para ultrapassar este problema.
No total, há cerca de cinco mil alunos de português nos níveis básico, secundário e universitário, num país com perto de 500 mil portugueses e lusodescendentes.
Na intervenção na abertura do encontro, a presidente do Camões, Ana Paula Laborinho, deixou uma "saudação especial" a Rainer Sousa, pelas "dificuldades que enfrenta" na Venezuela.

DN

domingo, 28 de janeiro de 2018

A Leitura chega ao fim - o adeus a uma livraria onde se escreveu história

Com quase 50 anos de vida cultural, fechou portas a livraria portuense frequentada por Mário Soares, Marcelo Rebelo Sousa, Manuel Alegre, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, entre outros. Perde-se, assim, um clube de pensadores e um baluarte de resistência contra o Estado Novo

quem por esta semana passou na Rua de José Falcão, no Porto, podia assistir à azáfama: caixas de livros empilhadas eram levadas para o interior de camiões. Escrevia-se o último capítulo da Livraria Leitura. O mítico espaço fechou e um vazio incomensurável fica por preencher. Como uma cicatriz na cidade. Insanável. No ano em que comemoraria 50 anos de uma existência dedicada à proliferação do pensamento e à produção de massa crítica, o momento é de “luto”. O Porto diz adeus à Leitura, onde foram escritas páginas douradas da cultura portuguesa da segunda metade do século XX..

O desfecho é o resultado da insolvência da empresa Bulhosa Livreiros, decretada a 15 de janeiro pelo Tribunal Judicial da Comarca de Braga. Inaugurada em setembro de 1968, pelo livreiro Fernando Fernandes e pelo editor José Carvalho Branco, a Leitura tornou-se numa das mais emblemáticas livrarias da Invicta, adquirindo um significado cultural inestimável a nível regional e nacional. Destacava-se pelo vasto catálogo, onde constavam nas prateleiras aproximadamente 120 mil obras.

Durante décadas, constituiu um baluarte de resistência durante os anos de ditadura, comercializando livros proibidos pela censura, e serviu de “casa” para o pensamento, tornando-se num local de passagem obrigatória para ávidos e ilustres leitores, como Mário Soares, Marcelo Rebelo Sousa, Manuel Alegre, o Nobel José Saramago, os também escritores Mário Cláudio e Agustina Bessa-Luís, a poetisa Ana Luísa Amaral, o professor Óscar Lopes ou o pintor Armando Alves - um dos “quatro vintes”, juntamente com José Rodrigues, Costa Pinheiro e Ângelo de Sousa. A lista poderia prolongar-se, porque muitas foram as figuras da vida portuguesa que por ali passaram, sempre em busca de raridades, impossíveis de conseguir noutros locais.

Expresso

FOTÓGRAFO AMERICANO DEDICA 20 ANOS A TRADIÇÕES PORTUGUESAS NA CALIFÓRNIA

O fotógrafo americano Jackson Nichols passou mais de duas décadas a fotografar a vida da comunidade portuguesa na Califórnia, tendo já publicado um livro sobre touradas e outro sobre as festas do Espírito Santo.

Nichols tem neste momento uma exposição na PhotoCentral Gallery, em Hayward, com o título "A Fina Arte das Touradas Portuguesas Sem Sangue", mas cresceu sem qualquer ligação a Portugal.

O americano, de 66 anos, nasceu na Bay Area, perto de São Francisco, e trabalhou como designer gráfico. Começou a fotografar durante a universidade, em 1974, e descobriu a comunidade portuguesa anos mais tarde, através da sua mulher, que é neta de uma madeirense chegada à Califórnia em 1920.

"A minha esposa estava a tirar um mestrado em antropologia cultural. A sua tese era sobre identidade étnica através de rituais, focada na tradição e cultura dos luso-americanos, e na pesquisa citava as festas do Espírito Santo", disse Nichols à agencia Lusa.

No verão de 1980, a mulher pediu-lhe que fotografasse uma das festas da comunidade açoriana no Vale de São Joaquim, para ilustrar a sua tese.

"Achei fascinante. Foi como ir a Portugal durante uma tarde. Eram coloridas, cheias de tradição e iconografia, muito fotogénicas. As pessoas eram calorosas e acolhedoras. A experiência comunitária das sopas era algo que nunca tinha vivido", acrescenta.

Nichols viu nas festas "uma celebração da cultura portuguesa e da fé católica que, ao mesmo tempo, honra o patriotismo para com os EUA

Jornal da Madeira

Biblioteca de Angra do Heroísmo cria clube para estimular o gosto pela poesia

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, em Angra do Heroísmo, nos Açores, vai criar, este ano, um clube para estimular o gosto pela poesia e a criatividade dos participantes
“‘Os Passos em Volta’ partiu de uma ideia de criar um clube que tivesse pessoas que gostassem essencialmente de poesia, porque na ilha não há e é uma maneira de estimular as pessoas”, adiantou, em declarações à Lusa, Luísa Ribeiro, poetisa e funcionária da biblioteca, responsável pelo clube.

O primeiro encontro está marcado para 01 de fevereiro e, a partir desse dia, quinzenalmente, às quintas-feiras, haverá leitura de poesia na biblioteca, com conversas sobres os poemas e os poetas, mas também com exercícios de escrita criativa.

Sapo