Sapo 24
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Zeca Afonso: Uma vida pela liberdade, a emancipação e o poder popular
O artista defendeu "ideias que são extremamente nobres e que têm a ver com a situação das pessoas, com a liberdade e a democracia", disse o músico e divulgador Manuel Jorge Veloso, amigo de José Afonso, que o acompanhou e com ele privou.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu em Aveiro, no dia 02 de agosto de 1929, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, em Coimbra, com a defesa de uma tese sobre Jean-Paul Sarte, no início dos anos de 1960, depois de já ter gravado os primeiros discos com Rui Pato e de ter atuado com José Niza.
Lecionou em escolas de Portugal continental, assim como de Angola e Moçambique, até que a contestação à ditadura e à guerra colonial o levou à prisão pela PIDE, a polícia política do regime, e à expulsão do ensino oficial, em 1968, no qual só viria a ser reintegrado quase 10 anos após o 25 de Abril.
Depois de "Baladas e canções" (1964) e "Cantares do Andarilho" (1968), gravou "Contos velhos rumos novos" (1969), "Traz outro amigo também" (1970), "Eu vou ser como a toupeira" (1972).
Os álbuns "Cantigas do Maio" (1971), que inclui "Grândola, vila morena", e "Venham mais cinco" (1973), o disco de "Era um redondo vocábulo", ambos gravados em França, contaram com a produção e direção do músico e compositor José Mário Branco.
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