sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Porque é que o mundo se apaixonou por Fernando Pessoa?
Começa esta
quinta-feira a quarta edição do Congresso
Internacional Fernando Pessoa, que este ano irá decorrer na Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa. Durante três dias, 42 especialistas de diferentes
nacionalidades vão apresentar comunicações inéditas, lançar questões e
responder a dúvidas do público, num encontro científico aberto a todos os
interessados, estudantes, investigadores ou simplesmente curiosos.
Numa iniciativa
que pretende ser um momento de encontro entre especialistas pessoanos,
contribuindo “para o estímulo e o avanço da investigação sobre Pessoa”, como
sugere uma nota de imprensa divulgada pela Casa Fernando Pessoa, responsável pela organização
do congresso, o que salta desde logo à vista é nacionalidade dos oradores — a
maioria não é portuguesa, mas sim estrangeira. Um reflexo claro da
internacionalização do poeta.
Há muito que nos
habituámos a ver na capa dos livros dedicados a Fernando Pessoa o nome de algum
investigador estrangeiro. Richard Zenith, que reside em Portugal desde 1987,
tem sido um dos principais responsáveis pela divulgação da obra pessoana nos
últimos 20 anos, em Portugal mas também além fronteiras. Nascido nos Estados
Unidos da América, Zenith tornou-se português por amor a Pessoa, numa altura em
que o poeta ainda estava longe de andar nas bocas do mundo. Mas hoje, em 2017,
o caso é outro — o Fernando Pessoa do século XXI já não é só nosso, é de todos.
Mas como é que
se explica o interesse de tantos investigadores, de tantos países diferentes,
numa obra transversal, mas ainda assim tão portuguesa, tão lisboeta? E como é
que Fernando Pessoa chega às mãos de quem vive em fora de Portugal? Esta é a
história de cinco investigadores, de nacionalidades diferentes, com um poeta em
comum.
Etiquetas:
Fernando Pessoa
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