domingo, 25 de janeiro de 2015

Igreja dos Jerónimos vai celebrar 500 anos de cara lavada




Há rostos e animais escondidos nas abóbadas da Igreja do Mosteiro dos Jerónimos. Só os técnicos de conservação – e os jornalistas que esta quinta-feira subiram aos andaimes – os vêem de perto, 26 metros a separá-los do chão da igreja que é vista como um exemplo maior do estilo manuelino. Quinhentos anos depois da conclusão da igreja, as abóbadas e as paredes interiores e exteriores vão ter a cara lavada na sequência de uma parceria estimada em dois milhões de euros entre a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) e a associação World Monuments Fund Portugal (WMFP). Agora, estamos em plena fase 2. De dez. E de uma “intervenção urgente”, segundo a DGPC.
A identificação do cavalo erguido ou de uma criatura com chifres nas laterais das pedras de fecho, lá em cima nas alturas, é apenas um presente inusitado oferecido pela operação de conservação e restauro que até Maio deve recuperar as abóbadas e paredes da nave esquerda da igreja. É então a segunda fase, apresentada publicamente esta quinta-feira, dos trabalhos que deverão estar concluídos em 2022, no 500.º aniversário da igreja terminada por João de Castilho em 1522.

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