quinta-feira, 9 de maio de 2013

Rede de Cinema Digital


A ideia de uma Rede de Cinema Digital não é nova mas não há entendimento que a faça avançar. Ontem, os partidos da oposição apresentaram no Parlamento uma proposta de lei (PCP) e duas propostas de resolução (PS e o BE) tendo em vista a criação de uma rede pública que leve o cinema a todo o país. O PÚBLICO sabe que amanhã o PSD e o CDS votarão contra estas propostas que querem colmatar a pouca exibição de filmes que se agravou com o recente encerramento de 66 salas da Socorama.

Apesar de três propostas distintas, o que os três partidos pedem tem por base o mesmo princípio, que passa não só pela criação de uma rede pública de cinemas que garanta a exibição regular de filmes em todo o país, como também a modernização e a adequação ao cinema digital dos cineteatros municipais, cineclubes e outros espaços de cinema.

“Assistimos em Portugal à diminuição galopante de salas e espaços de exibição e divulgação cinematográfica”, escreve o PS no projecto de resolução, destacando que “o Estado tem a obrigação legal de promover a igualdade de acesso dos cidadãos a todas as formas de expressão culturais”. Também o BE defende no seu projecto de resolução que “o panorama de oferta de cinema em Portugal é catastrófico”, sendo necessário contrariar “a desertificação cinematográfica do país, modernizando e dando utilidade à capacidade instalada da rede de cineteatros e garantindo meios aos cineclubes e associações cinematográficas para se modernizarem”.


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