Todos os anos, o parasita da malária infecta 200 a 500 milhões de pessoas no mundo e mata um a dois milhões. Então, o que é que protege naturalmente da morte a esmagadora maioria dos infectados? A equipa de Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, acaba precisamente de descobrir um mecanismo de protecção natural contra as formas graves da malária e hoje publicou os resultados na revista norte-americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Esta protecção natural acabada de identificar não tem a ver com a capacidade de o próprio sistema imunitário eliminar o parasita da malária, o “Plasmodium”. Nem tem a ver com a eliminação do parasita com medicamentos antimaláricos, pois mesmo entre quem os recebe há mortes — sem que se soubesse explicar, até agora, por que tal acontecia. A resposta da equipa de Miguel Soares é que essa protecção natural tem a ver com a capacidade de os próprios tecidos do organismo se protegerem contra a resposta em curso do sistema imunitário contra o agente patogénico.
Mais no Público.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Cientistas portugueses descobrem mecanismo de protecção natural contra formas graves da malária
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