quarta-feira, 9 de março de 2016
Miguel Torga e a consciência da portugalidade
Autor do
livro Portugal foi citado por Marcelo Rebelo de Sousa a realçar as virtudes dos
portugueses.
“O difícil para cada português não é
sê-lo; é compreender-se. Nunca soubemos olhar-nos a frio no espelho da vida. A
paixão tolda-nos a vista. Daí a espécie de obscura inocência com que actuamos
na História”. Este é o início da citação de um texto de Miguel Torga de 1987
com que Marcelo Rebelo de Sousa concluiu esta quarta-feira o discurso de tomada
de posse como Presidente da República. Quis assim remar contra aquela
característica bem portuguesa de minimização das suas virtudes e capacidades, a
eterna “inquietação encarnada” de que fala o poeta dos Contos
da Montanha.
Em 2006, no discurso que abriu o seu
primeiro mandato como Presidente, Cavaco Silva tomou também de empréstimo uma
frase de Torga – “nesga de terra debruada de mar” – para qualificar Portugal e
a sua vocação marítima, cuja geografia abre um amplo campo de possibilidades
que havia que explorar.
Etiquetas:
Miguel Torga
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário