O escultor de O Desterrado suicidou-se faz hoje 125 anos, na sua casa-atelier em Gaia. A data vai ser assinalada pelo Museu Nacional Soares dos Reis com a actualização da galeria que lhe é dedicada. Mas o principal acontecimento do ano será a publicação do catálogo raisonée da escultura e desenho do artista.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Soares dos Reis, o escultor que subiu ao Olimpo e depois desistiu
O escultor de O Desterrado suicidou-se faz hoje 125 anos, na sua casa-atelier em Gaia. A data vai ser assinalada pelo Museu Nacional Soares dos Reis com a actualização da galeria que lhe é dedicada. Mas o principal acontecimento do ano será a publicação do catálogo raisonée da escultura e desenho do artista.
“Sou cristão, porém, nestas condições, a vida para mim é insuportável.
Peço perdão a quem ofendi injustamente, mas não perdoo a quem me fez
mal.”Segundo a descrição de Diogo de Macedo, foram estas as últimas palavras
deixadas pelo escultor António Soares dos Reis na manhã em que disparou dois
tiros de revólver na cabeça, na sua casa-atelier de Vila Nova de Gaia, a 16 de
Fevereiro de 1889 – faz hoje 125 anos.
A morte, com apenas 41 anos, do “eminente estatuário”, como se lhe
referiu o Jornal de Notícias na
notícia necrológica, provocou surpresa e consternação no meio artístico
portuense e nacional. E mais ainda em alguns amigos mais próximos, como Nicolau
de Almeida (da conhecida família de comerciantes de vinhos e pai do fundador do
FC Porto) e Eduardo Sequeira (jornalista), que tinham passado a noite da
véspera com o autor d’O Desterrado no
café Suíço, na Baixa do Porto. Nesse serão, Soares dos Reis tinha descrito o
seu projecto para “o maravilhoso monumento” ao Infante D. Henrique, que a
Sociedade de Instrução do Porto previa erigir na Praça do Infante (e que
acabaria por ser depois projectado por um seu discípulo, Tomás Costa).
Público.
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