terça-feira, 6 de abril de 2010

Os caminhos de Maria de Medeiros na terra do jazz


Enquanto se prepara para a entrevista, bebe um chá, mas as canções que agora canta têm "o aroma do whisky". O sol de fim de tarde num hotel do Guincho com vista para o mar não sugere "o cheiro do charuto, a sensibilidade do cabedal" ou "o universo do (Francis Ford) Coppola", mas são essas as primeiras imagens que a actriz Maria de Medeiros, agora cantora, transmite a propósito do novo álbum, Penínsulas e Continentes.
A apresentação está marcada para esta semana. Quarta-Feira no Cinema São Jorge, em Lisboa, e no dia seguinte no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia, mas muito antes de gravar um disco ou, sequer, de representar, já Maria de Medeiros passava "a adolescência no Hot (Club de Portugal" onde "até entrava pela cercadeira". Foi após o regresso de Viena, onde cresceu "no meio da música clássica" que conheceu "os Beatles e os Rolling Stones". E o jazz, que agora recupera através da interpretação. "O jazz é música nocturna mas, ao mesmo tempo, é a música de todas as aberturas", defende. E por falar em Abril , a política é também uma das soluções para desvender este enigma: "(O jazz) corresponde muito à ideia que tenho de poder. É um poder compartilhado. Historicamente, é uma música de contrapoder intelectual e musical para com apartheids."

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