domingo, 22 de março de 2015

Dia Mundial da Poesia. Oito poetas declamam os poemas que escolheram


Uma vez Maria Teresa Horta contou a Sophia de Mello Breyner como tantas vezes o poema lhe chegava enquanto mudava a fralda ao filho. " 'Ó Sophia, acha isto normal?' 'Ó Teresa, quantos poemas eu escrevi a fazer bacalhau com batatas.' Nunca mais me esqueço", recorda a poeta.
Ela, cuja "memória mais antiga" é "o maravilhamento com o escritório" do pai. O mesmo que dizia: "Mas porque é que tu só queres vir para aqui? Teresinha, vai brincar!" O escritório estava repleto de livros e a Teresinha começaria mais tarde a escrever poesia. "Com os meus 12, 13 anos. Não por decisão, não. A poesia nasce-me. Aconteceu-me." E salvou-a - salva-a, diz - da "banalidade" perante as tarefas de todos os dias, assim como a salvou de si própria.

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